Italeri 1/35 Sturmgeschütz IV

Sim, são acrílicos e já uso estas tintas há uns anitos. Não são esquisitas, juntar água e já está. E muito práticas de usar também, os recipientes são de plástico com tampa de rosca.

Uso-as essencialmente para as figuras (desde a escala 1/72 até à 1/16) e por vezes para aviões ou blindados ma escala 1/72. Cobrem muito bem a pincel, com aerógrafo ainda não experimentei.

Desde que as uso comprei-as quase sempre na Casa Antunes, centro comercial do Martim Moniz, Lisboa. São comercializadas em sets temáticos com 6 cores que custam +/- 16/18 €.

Mas a minha intenção ao colocar a foto do set para os interiores dos blindados alemães e italianos era mais no sentido de ajudar a chegar ao tal branco "casca de ovo" com a paleta das cores mais habituais.

Força nisso.

"As minhas não sei se estão boas. A grande maioria nem usei. deve ter prai uns 35 anitos. Não da para usar isto por aqui. Há unstempos usei uma em spray e ficou um fedor pela casa toda...nah."

É curioso, a mim o cheiro das enamel não me perturba nada, ao contrário até gosto daquilo (depende das côres, porque os pigmentos presumo que variem dumas para outras, e uns terão um cheirinho mais agradável do que outros)

Por outro lado, a razão primeira para nunca ter-me convertido aos acrílicos foi ter utilizado (uma vez, e para nunca mais) um vermelho da Tamiya, e aquilo sim, para mim, tinha um tal pivete que nunca mais na vida voltei a utilizar tinta acrílica!

Nota que naquele tempo quer-me bem parecer que esses acrílicos (os da Tamiya pelo menos) não eram solúveis em água como os actuais. Não me lembro sequer como ou com o que é que terei depois limpo os pincéis, mas com água tenho quase a certeza que não foi.

Alguém me disse recentemente que as enamel da Humbrol teriam uma validade de 10 anos!

O que não bate de todo certo com a minha experiência, nem com a tua nem com a do Mareb (pelo que diz no post acima).

"Quanto aos óleos uso os oilbrushers. Acaba por ser menos javardardeira..."

Deves referir-te áquelas espécie de "canetas", algumas com pincel na ponta para mais fácil aplicação, como por exemplo os oilbrushers do AMMO by Mig Jimenez.

Nunca utilizei. Acho que este género são sobretudo utilizados para "washes", "weathering", pequenos detalhes finais, correcto?

Os óleos que utilizo são os que utilizam os pintores (de quadros) a óleo. Comecei por comprar das mais baratas que há por aí no mercado, "Rive Gauche", uma gama mais baixa da Sennelier (e a gama alta, ou artística deles é muito boa, agora já tenho alguns tubos), que não são "artist grade", mas sim "student grade".

Mas são fraquinhas, comparadas com as boas marcas de tintas artísticas, os pigmentos não têm a mesma qualidade, por exemplo...

Isto é como tudo, "comprar barato não compensa". É sempre melhor comprar menos quantidade mas de melhor qualidade. É claro que mais qualidade implica que sejam mais caras, mas é mesmo assim, os pigmentos são da melhor qualidade possível, a moagem é feita como deve ser, e o resultado final vê.se...

Depois fui comprando algumas de marcas artísticas das mais conceituadas, por exemplo da gama Norma da Schmïncke, das Artist Oil Colors da Winsor & Newton, da gama alta da Rembrandt, e da Finest Artists Oils da Sennelier (de todas estas talvez sejam as de textura mais pastosa, tipo creme  ).

Pá, misturar estas tintas, tentar obter o tom que se quer, isso é por si só um momento de prazer, não há javardeira nenhuma

Eu até agora tenho utilizado um método que vi ser utilizado por um profissional de pintura de miniaturas Espanhol, ou seja, uso uma folha de papel de fotocópis A4, dobrada ao meio, em cima duma tampa de gelado em plástico, e depois de lá colocar um pouco das várias tintas que pretendo misturar, com uma pequena espátula começo então a misturar. O papel tem como principal função absorver boa parte do "óleo" (da parte aquosa do mesmo), o que vai ajudar a tornar a tinta mais matt (sim, porque os óleos em geral tendem a ser brilhantes, e nas figuras quer-se um efeito matt).

Estou a pensar começar a utilizar um azulejo, ou um recipiente tipo chávena chinesa, ou do género, feito no mesmo material que os azulejos. Também costumam ser relativamente absorventes, e em vez de gastar resmas de papel A4 de fotocópia, o azulejo é relativamente fácil de limpar, com diluente, depois de utilizado, e pode voltar a servir. Ou quando já não estiver em condições (em teoria só ao fim de bastante tempo, ou então se um dia se partir, mas isso é um acidente, não é resultado directo do uso), substitui-se por outro. Mas em princípio, e isto segundo outros pintores deste género de miniaturas (bustos, figuras), se forem limpos como deve ser depois de cada utilização, têm uma longa duração.

Sei que por exemplo os pintores deste género de miniaturas que usam tintas acrílicas (onde as Vallejo parecem ter a preferência da maioria deles), conseguem guardar as tintas em recipientes tupperware, humidificados, e guardam aquilo no frigorífico, o que lhes permite durar mais tempo (porque do que já vi em vídeos, os acrílicos são de secagem quase instantânea! Ao contrário dos óleos, que são muitíssimo mais lentos a secar; aliás por isso mesmo, em vez dum thinner/diluente como Essência de Terebentina, etc, eu uso dois thinners da Abteilung 502, o Matt Effect Thinner, que ajuda o óleo a ficar ainda mais matte, e o Fast Dry Thinner, que como o nome indica, acelera o tempo de secagem; em tempos tinha de deixar tudo a secar no mínimo dum dia para o outro na caixa aquecedora/antiga maternidade do tempo em que fiz criação de psitacídeos, convertida, agora com estes dois thinners e uma aplicação muitíssimo mais suave em camadas muito finas e bem espalhadas dos óleos, aquilo seca muito mais depressa e raramente preciso de recorrer à caixa aquecedora). Eu também já deixei misturas a óleo no frigorífico, mas neste caso não faz grande efeito, porque com o frio, tal como com o calor, os óleos secam.

Pá, isto é preciso é a gente ir-se entretendo e passar uns bons momentos, sejam quais forem os "mediums" utilizados

Abraço,

Dolfo

Viva!

Ora bem, depois da 2ª mão de primário, já com o aerógrafo da Harder & Steenbeck (é mesmo outra coisa, nem sequer tem comparação com o que estava a utilizar... mas a tinta também se gasta muito mais rápidamente! Confesso que não tenho a certeza se estou a utilizar a "needle" e "nozzle" de 2mm ou a de 4mm  ... O copo é o de 5ml, e aquilo vai rápido!), estão assim as partes já "primadas". Fotos directamente da linha de montagem  :

Com as fotos já deu para ver que por exemplo que a 4ª roda a contar da frente (na 2ª foto) há uma pequena falha (a "primar"), e que apesar de ter passado uma boa hora a lixar as partes do canhão, ainda assim nota-se (na última foto) a linha central onde as 2 partes foram coladas, idem para a peça que se cola na traseira do tanque, exaustor (?)... Lá vou ter de lixar mais um bocado e voltar a "primar"...

E são os progressos à data.

Abraços,

Dolfo